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terça-feira, 15 de junho de 2010

Escolinha: sim ou não?

de Naomi Aldort , autora de "Raising Our Children - Raising Ourselves"

“Educação é o que sobra depois que esquecemos tudo o que aprendemos na escola.” Albert Einstein

Pergunta: Nossa filha tem quatro anos, é uma criança muito curiosa e social. Embora nós planejemos “homeschooling” (ensinar em casa), e eu esteja em casa com o bebê (seu irmão), nós a matriculamos numa escolinha pequena, maravilhosa e alternativa, para que ela possa se socializar, e tenha oportunidade de aprender. Eles têm muito respeito, e proporcionam tempo livre para brincar e atividades em grupo. Depois de um pequeno período de ajuste no qual ela chorava quando eu saía, nossa filha se tornou confortável e feliz lá. Mas, depois do recesso de natal, ela se recusou a voltar, e se tornou um esforço todas as manhãs. Eu sei que ela se diverte depois de estar na escola, mas ela não quer me deixar. Eu não quero privá-la de uma oportunidade de socialização e aprendizado, mas, eu também quero escutar a sua escolha. O que você sugeriria?

Pergunte a Naomi
Paternidade sem luta e esforço

Resposta: O quê você lembra dos 4 anos de idade? Se você for como a maioria, você lembra quase nada.O que você lembra são sentimentos, sensações, faces, e fragmentos de visões. Nada do que você sabe hoje, depende do que você aprendeu nestes primeiros anos numa aula, ou escola. Em vez disto, depende de como você se sentia a respeito de si própria. O seu desejo de responder à escolha da sua filha, merece ser olhado com confiança. O que mais, pode ser mais valioso para ela, do que aprender que o jeito que ela sente em seu interior está correto? Da escola, a sua filha não vai lembrar do aprendizado ou das brincadeiras, mas, ela vai lembrar da dor da separação, e de aprender a não confiar no que ela sente em seu íntimo.Aprendendo a seguir orientações externas, e ignorar as suas próprias, ela será mais tarde suscetível à influencias da mídia, pressões de grupo e outras forças exteriores.


Você também diz que não quer que ela perca oportunidades de socialização e aprendizado. Como pode a socialização com membros da família que mais amam ela, ser chamado de “perder”alguma coisa? Quando com a sua mãe, ela não perde a escola. Quando na escola, ela “perde”, ou sente falta da mãe.
Do ponto de vista social, a pré-escola não é natural. Ao levar crianças pequenas para longe da sua fonte de poder (mãe) e colocá-las juntas, em um grupo de idades semelhantes (incapazes de ajudar uns aos outros), nós as deixamos impotentes. Neste cenário impossível e não-natural, elas perdem de se socializarem por si próprias, e dependem do controle de adultos para poderem funcionar e permanecerem em segurança. Tal experiência ensina a criança a ver a si própria como socialmente incapaz e dependente de autoridade.


A melhor experiência em grupo para uma criança pequena é a família. É um grupo que está fazendo coisas juntos, no qual cada membro é altamente valorizado e amado. Se você tivesse que trabalhar, eu falaria sobre incentivar a sua filha para encontrar alegria no seu cuidado substituto. Entretanto, sendo que você está em casa, não há necessidade de levar a sua filha pra longe do que é o melhor para ela.
Da mesma maneira, sua criança não perde nenhum aprendizado, enquanto está em casa. É enquanto está em uma escolinha, que ela tem que suspender o seu próprio aprendizado, em nome de um programa imposto. O ensino que não foi requisitado, frustra o aprendizado; ele geralmente destrói o amor por aprender, e impede a criança de inventar seus próprios métodos. Quando uma criança está inventando suas próprias maneiras de descobrir as coisas, o seu cérebro se expande bem mais do que seguindo o jeito de outros de pensarem, especialmente quando o ensino é imposto. Mesmo em pré-escolas mais progressivas, a criança ainda é jogada no plano de outro alguém, e é obrigada a abandonar seus próprios métodos. Em contraste, em casa, ela é livre para seguir os projetos da sua própria mente, para a otimística do tempo, métodos e assuntos de aprendizado.


As habilidades sociais, e de aprendizagem que a sua filha possui provém de ela se sentir segura em seu amor, e no seu próprio guia interior. Sentindo-se enraizada nela mesma, ela irá agir e aprender, não para competir ou buscar aprovação (dependência dolorosa), mas a perseguir suas próprias paixões autênticas. Amor incondicional significa não ter um futuro projetado para a sua criança. Ela deve seguir seu próprio caminho.


Uma criança que ouve suas vozes internas é confiante e tem clareza. Quando meu filho mais velho tinha seis anos, ele escolheu fazer um curso de artes em um programa escolar de verão para crianças. Depois de duas aulas, ele falou: “Eu não preciso mais ir para a aula. Eu posso pintar sozinho em casa sem o professor ficar me interrompendo". Como se revelou, o professor tinha a idéia de “quebrar” a aula em segmentos de 20 minutos. Meu filho, do qual a capacidade de concentração saiu ilesa da escola, queria continuar com uma atividade por duas horas inteiras ou mais.

A Criança “Integral”


Se um bebê nasce pré-maturo, a sua vida e bem-estar estão em risco. Prematuridade não é desejável. Integralidade é. Da mesma maneira, a família é o “útero” da infância. Crianças que permanecem no útero da família, sempre saem de forma integral, emocionalmente fortes, e prontas para desabrocharem na sociedade. A sua criança deve se apoiar no poder parental até que ela tenha o seu próprio; só assim ela tem a força para permanecer enraizada em si mesma, face à enxurrada de influencias e escolhas que ela vai encontrar.


A maioria dos estágios de crescimento acontece quando eles estão sozinhos bem de repente, como o nascimento, e como caminhar. A nossa tentativa de gradualmente treinar os pequenos para se tornarem adultos, causa para eles muito prejuízo, à medida que vai contra sua natureza. Eu geralmente vejo os jovens que foram “estufados” com educação desde uma idade pequena, se tornaram exaustos e sobrecarregados pela corrida para preencherem as expectativas. Eles se perderam no processo de se tornarem o sonho de outro alguém. Em contraste, eu vejo aqueles que tiveram autonomia durante os mesmos períodos, alcançarem seus objetivos com alegria e facilidade... geralmente, tudo de uma vez.


“Mas, ela se divertia tanto na escola...”


É fácil se enganar pela habilidade de uma criança de estar presente e de curtir o momento. Uma vez que esteja claro para sua filha, que ela deve permanecer na escola (nem mesmo suas lágrimas adiantaram), ela é sábia o suficiente para se imergir no presente. No entanto, por livre e espontânea vontade, nenhuma criança pequena escolheria ficar longe da mamãe; é o modo de a Natureza garantir um ótimo envolvimento intelectual e social.


Portanto, não importa o quanto uma criança se divirta numa escola, ou aula, não vale o preço de ensiná-la a ir contra ela mesma. Você não a treinou para dormir num berço contra a sua vontade; isto não é diferente. Siga a Direção dela.


Ainda mais, quando coagimos a criança a agir apesar de seus pedidos claros, ela aprende a fazer o mesmo, e ignorar ou recusar a atender quando você está pedindo também. As habilidades sociais dela são aprendidas pelo jeito como ela é tratada. Se você quer que ela aprenda a honrar outras pessoas (uma habilidade social importante), então honre ela.


Alguns pais estão certos que seu filho está totalmente feliz num cenário escolar desde o primeiro dia. Eu estou aberta. Eu não posso conhecer cada criança ou situação familiar em particular. E mais, eu suspeito que dada à opção, antes de ficar acostumada a uma escola, toda criança preferiria estar com sua mãe e família.

Provendo Educação e Estímulo em Casa


Nossa sociedade, geralmente, é por demais estimulante e competitiva, desviando as crianças de sua própria orientação interior. Proteja a sua filha de tais pressões. Tenha em mente as famosas palavra do Einstein, “A imaginação é mais importante que o conhecimento”. Deixe a sua filha brincar e sonhar acordada, para que ela possa descobrir seus próprios interesses, métodos de aprendizagem e pensamento criativo. Pode ser que ela precise de um amigo para brincar, preferencialmente uma criança bem mais velha. Em se tratando de exposição cultural e intelectual, insira sua filha no que você ama fazer e participe de seus interesses. Ela vai escolher o que mais a empolga e guiar você na sua trilha. Esta trilha será aquela que é a melhor para ela. Gênio é o resultado da harmonia entre os mundos interior e externos da criança. As suas necessidades aparecerão naturalmente, e você responderá com suas habilidades, ou descobrindo que livros e a Natureza são tudo que ela precisa; Exponha a sua filha ao que você ama, e ao que ela demonstra interesse, e não imponha nenhum ensino.


Quanto mais tempo a sua filha for poupada de qualquer doutrina, maiores as chances de ela aperfeiçoar seus próprios talentos, habilidades sociais e aprendizagem. Por que se esforçar, quando o desenho da Natureza é tão incrivelmente perfeito? Quando as escolhas da sua criança forem honradas, ela aprenderá a única lição que conta: “Minha vóz interior é a que deve ser ouvida.”

Naomi Aldort é a autora de “Raising Our Children, Raising Ourselves”(Criando Nossos Filhos, Criando a Nós Mesmos).

Suas colunas de aconselhamento são publicadas em revistas de paternidade no mundo inteiro. Aldort oferece orientação por telefone e aconselhamento por telefone/Skype internacionalmente, abrangendo todas as idades, de bebês a adolescentes: paternidade conectada; aprendizagem natural, relacionamentos de pai-e-filho pacíficos e poderosos.
Para produtos, aconselhamento e um boletim gratuito, visite www.authenticparent.com .

©Copyright Naomi Aldort

Traduzido por Janaína Ribeiro, \n ventobranco@gmail.com , para www.slingando.com

(Permitida a divulgação e veiculação, desde que citada a fonte, www.slingando.com, nome da autora e nome da tradutora.)

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